Curso sobre a relação entre cinema e arquitetura, a partir de visões de cineastas, arquitetos, críticos e historiadores do cinema. Dez aulas, cada uma com 1h30 em 5 dias, exploram questões como a representação da arquitetura e da cidade e a composição do espaço em filmes. Aulas também mostrarão técnicas de cinematografia digital.
LOCAL E DATA
Auditório da Livraria Martins Fontes (Av. Paulista, 509| Metrô Brigadeiro)
São Paulo . SP
Dias: 3, 4, 5, 6 & 7 de outubro, das 14h30 às 18h (segunda à sexta)
CARGA HORÁRIA TOTAL
17 horas
PÚBLICO-ALVO
Interessados em cinema, urbanismo, arquitetura e artes
NÚMERO DE VAGAS
70 vagas, incrições até dia 25/9/2016 (bolsas disponíveis – número limitado – para estudantes de graduação que contam com bolsas estaduais e federais (ProUni, por exemplo). Preferência para alunos que atendam a esses critérios, em ordem de recebimento da documentação comprovatória; entrar em contato em cursosdocentro@gmail.com).
VALOR DO CURSO
R$350 + taxa 10% (site de inscrição)
3 DE OUTUBRO
Gabriel Kogan & Rodrigo Villela
14h30 às 15h
Apresentação do programa a ser desenvolvido ao longo da semana.
Davide Rapp
15h às 16h15
Apresentação de seu curta metragem ‘Elements’, que abria a exposição central da Bienal de Veneza de Arquitetura em 2013 – curada por Rem Koolhaas. O filme é composto por uma dinâmica edição de cenas clássicas do cinema que exploram elementos arquitetônicos. Rapp falará por Skype (em inglês, com ajuda de tradução na sala de aula) sobre os bastidores da montagem dessa peça e sobre sua produção autoral como arquiteto e cineasta.
Agnaldo Farias
16h30 às 18h
Aula sobre o filme ‘Paris, Texas’. Houston é a quarta maior cidade dos Estados Unidos e, ao contrário das três primeiras, Nova Iorque, Los Angeles e Chicago, nunca o cinema lhe havia rendido uma homenagem, até chegar o alemão Wim Wenders. Filmado em 1984, Palma de Ouro em Cannes nesse mesmo ano, ‘Paris, Texas’ é um legítimo road movie, amplamente tributário dos faroestes que Wenders tanto ama, versando sobre a velocidade e a perda de substância contemporânea, com suas arquiteturas de vidro e luz, suas autopistas intermináveis, sua planura a sugerir o infinito. Travis Henderson, brilhantemente vivido por Harry Dean Stanton, começa no deserto e, impregnado de telurismo e estabilidade, atravessa milhares de quilómetros para desembocar em Houston, a cidade dos astronautas e cujo skyline de aço e vidro garante sua aparência de miragem. O propósito do protagonista é a reconstrução de sua família, desagregada graças a sua loucura alimentada por ilusões que ganharam espessura e concretude, uma metamorfose grandemente provocada pelos peculiares espaços das cidades e das arquiteturas em que vivemos.
4 DE OUTUBRO
Francisco Ramalho Jr.
14h30 às 16h
A arquitetura como criação: Desde o espaço exterior à recriação cênica exterior/interior na estrutura narrativa.
Pedro Kok
16h30 às 18h
Novas práticas e processos na videografia de arquitetura.
5 DE OUTUBRO
Francisco Ramalho Jr.
14h30 às 16h
A arquitetura como personagem: quando a arquitetura cênica se transforma em personagem e se assume na narrativa.
Priscyla Gomes
16h30 às 18h
Romarcord: a representação de Roma no cinema italiano. Um estudo de caso sobre a representação da cidade no cinema, tendo a produção cinematográfica de Federico Fellini como referencial para a construção espacial e memorial de Roma.
6 DE OUTUBRO
Gabriel Kogan & Rodrigo Villela
14h30 às 16h
Exibição de curtas-metragens selecionados pelos organizadores. Os filmes a serem exibidos discutem diferentes abordagens sobre as questões espaciais e arquitetônicas em produções recentes pelo mundo.
Laura Artigas & Pedro Gorski
16h30 às 18h
Vilanova Artigas: da pesquisa às filmagens. Um depoimento dos diretores do documentário sobre o processo de criação, com exibição de trechos comentados.
7 DE OUTUBRO
Nelson Brissac
14h30 às 17h30
Cinema, arquitetura e cidade. Uma história do cinema através de suas relações com a arquitetura e a cidade. Cinematografia e gêneros correspondem a três modos de constituição do espaço e da experiência: 1) Interiores: os espaços sombrios da metrópole dos anos 40; ocultamento, investigação; iluminação, enquadramento em desequilíbrio. 2) Exteriores: espaço aberto, movimento, travellings; estradas, arquitetura moderna, perda do lugar, retorno. 3) Imagem: a cidade como cenário; narrar histórias já contadas pelo cinema, recriação de outros lugares. Olhar estrangeiro no seu próprio país.
Encerramento
17h30 às 18h
Discussões de encerramento.
PROFESSORES
AGNALDO FARIAS, professor da FAU-USP, crítico e curador.
DAVIDE RAPP, vídeo artista, arquiteto e cinéfilo. Participou da 14ª Bienal de Arquitetura de Veneza com o “Elements, um filme montagem de pequenos clipes relacionados a arquitetura.
FRANCISCO RAMALHO JR., diretor de filmes de ficção e produtor. Conclui filme a ser lançado em 2017, e dirigiu entre outros, Canta Maria, A flor da pele, O cortiço, Besame mucho, com prêmios internacionais e nacionais. Também produtor de A suprema felicidade, de Arnaldo Jabor, O contador de histórias, de Luiz Villaça, Coração iluminado, de Hector Babenco; foi produtor-executivo de O beijo da Mulher Aranha e Brincando nos campos do senhor, de Babenco.
LAURA ARTIGAS, diretora, roteirista, pesquisadora de conteúdo e jornalista, trabalha com roteiro, pauta e pesquisa de conteúdo. Dirigiu e fez o roteiro do documentário Vilanova Artigas: o arquiteto e a luz. Como jornalista, colaborou para vários veículos do país. É a criadora do blog Moda pra ler.
NELSON BRISSAC, filósofo, trabalhando com questões relativas à arte e ao urbanismo. Doutor em filosofia pela Universidade de Paris I – Sorbonne, é professor do curso Tecnologias da Inteligência e Design Digital da PUC-SP. Publicou Paisagens urbanas (Senac, 1996); Arte/cidade – intervenções urbanas (Senac, 2002); Paisagens críticas – Robert Smithson: arte, ciência e indústria,(Senac/Educ, 2010); e Arte/cidade Zona Leste (Dardo, 2011). Sobre cinema, publicou: Cenários em ruínas (Brasiliense, reeditado pela Ed. Gradiva, Lisboa, 2010).
PEDRO GORSKI, diretor e produtor-executivo de televisão e cinema, lançou seu primeiro longa-metragem documental Vilanova Artigas – o arquiteto e a luz em 2015. Dirigiu documentários e programas de TV para diversos canais e filmes curta-metragem.
PEDRO KOK, fotógrafo, tem como campo de trabalho e estudo a fotografia e videografia de arquitetura, estruturas urbanas e cidades. Arquiteto graduado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo em 2009. Mestre em artes plásticas pela Hogeschool voor de Kunsten Utrecht, Holanda em 2011. Contribui regularmente para publicações de arquitetura, museus e exibições no Brasil e exterior.
PRISCYLA GOMES, curadora e pesquisadora formada pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, onde cursa seu mestrado em teoria e história das artes. É curadora associada do Núcleo de Pesquisa e Curadoria do Instituto Tomie Ohtake, onde curou diversas exposições. Foi assistente de curadoria de Nelson Brissac em Ver do Meio (2015), quarta edição das exposições sobre arquitetura brasileira no Instituto Tomie Ohtake. Integrou o júri do II e III Prêmio de Arquitetura Instituto Tomie Ohtake AkzoNobel.
CONTATO & OUTRAS INFORMAÇÕES
Para Rodrigo Villela cursosdocentro@gmail.com
Título
Inscrições abertas para o curso "Cinema & Arquitetura"Tipo
Série de PalestrasWebsite
Organizadores
De
03 de Outubro de 2016 02:00 PMAté
07 de Outubro de 2016 05:39 PMOnde
Auditório da Livraria Martins Fontes (Av. Paulista, 509 | Metrô Brigadeiro)Endereço